Sinto um nó na garganta, daqueles que nem saliva passa;
Daquele tipo que só quem sofre ansiedade sabe do que estou falando;
Uma vontade descontrolada de vomitar, mas sigo me controlando;
Só que esse nó se enlaça a outros em diferentes cantos do meu sistema;
Vindo de uma confusão mental em que culpa e medo me tomam e aterrorizam;
Medo de errar já tenho desde sempre, mas o de fazer vexame me deixa sem ar;
Culpa de ter agido muito mal no passado, de ter causado uma vergonha própria e alheia;
Medo de como vou reagir em face de pessoas importantes da minha vida;
De falar ou fazer bobagem, de transparecer egoísta por ter inveja do que eles têm;
Um sentimento tão ruim me deixa mais incontrolada do que um carro desgovernado;
Lembrar de tudo o que já passou só me deixa mais agitada, não lembrar não é uma opção;
Não lembrar me faz cair no mesmo erro, e me contradigo ao temer o mesmo ao lembrar;
Enquanto reverbero tantas preocupações disfarçadas de confabulações;
Me encontro nessa contração enérgica mental no intuito de expulsar tudo isso.
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