Loba no cio

 



Me senti uma loba nos teus braços, querendo te atacar
Olhos cheios de desejo, boca faminta
Teu toque inicialmente doce me acalmou o nervosismo
E logo após perceber, me tomou nos braços
Me deu o que há um bom tempo não tenho tido
Sentir tua boca, teu toque, tua língua, me acendeu um fogo
Uma dança coreografada pelos anos de expectativa
Um jogo de olhares aliados a carícias e beijos
Tu fostes sem pressa, explorando geograficamente meu corpo
Subiu montes, entrou em abismos, bebeu da minha água
A loba entrou em ação, uivando para a lua cheia
Quando vi, já estava me alimentando dos teus beijos
Devorando teu pescoço, até enfim me ajoelhar perante a ti
Te convidei à toca da loba, um banquete a ser propriamente feito
Fui tua, fostes meu, fomos nossos
Tua pequena morte foi me dada, tomei-a pela sede
Tu quisestes minha pequena morte, mas minha falta de costume atrapalhou
A caça começou novamente, fiquei a postos para o bote
Dessa vez, eu fui a tua presa, de bom grado e boa vontade
O jantar foi longo, delicioso e com honrarias ao chefe


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