Texto colab

 

Pra ouvir enquanto lê: Earned it - The Weeknd


Em uma noite fria dentro de um quarto duas pessoas se encontravam. Ele deitado em uma cama, ela sentada no quadril dele. A lua, mesmo furtiva, anunciava a sua presença por entre as frestas das escotilhas entre abertas, assim como as sombras discretamente se moviam de acordo com as folhas das árvores a fora. O som das folhas levadas pela ventania começavam a ditar o movimento do corpo dela. Ela com vestido alegre vestindo sua segunda pele escura que a todo contração forte das suas pernas mostrava a sua pele branca.

Os dois olhavam fixos um para o outro. Ele sem saber o que aconteceria a seguir, aguardava com a respiração lenta e intensa com o rosto quente e corpo desarmado. Ela, aos poucos, movia suas mãos na direção daquele sexo volumoso, massageava até estar satisfeita. O olhar dela fixo mais parecia dar vida a sua boca que, por vezes, se desencontrava e mostrava um pouco a sua lingua. Por fim, ela introduz o sexo dele dentro dela, daquele corpo quente que não mais implorava cautela. Ela o enfiou, o engoliu e la ficou. Movimentando vagarosamente o seu quadril ora para frente e para trás, ora para cima e para baixo. A suas vozes começavam a se apresentar. Ele, sem conseguir desafixar o seu olhar nela, emitia um som de gemido bem tímido, porém cheio de tesão. Ela, fixando cada vez mais o olhar, já não conseguia mais conter a distância entre os seus lábios, eles estavam distantes o suficiente para libertar o gemido carnal, com tons dissonantes e belos, sem pudor.

Ele, ao sentir o vai e vem devagar do quadril dela, a puxa pelos cabelos de encontro aos seus lábios. Sorrindo, ela sente o pulsar de seu membro, gemidos foram inevitáveis para ambos. Nesse momento tudo acontecia como num sonho, deliciosamente em nuvens, afinal a pressa é inimiga da perfeição e eles queriam que assim fosse.

Ao ouvir a introdução da próxima música na playlist, a mulher de vestido florido se retorce, deixando a melodia penetrar nela junto com o sexo dele. Ele enche sua mão em um dos seus seios enquanto vê com beleza a dança em cima de si, porém sente a negativa das mãos dela enquanto ouve seu sussurro: agora é do jeito que eu quero ou não vai ter nenhum! A surpresa o excitou mais, porém não estava preparado para o tapa no rosto que recebeu. Ela estava sorrindo inocentemente, mas o resto do seu corpo mostrava o demônio que morava nele. Queimaram nessa dança lenta do prazer por horas a fio para enfim chegar na pequena morte. Parecia então que a chuva que agora se ouve batendo na janela esperou por eles, lançando sua música e embalando o sono do casal, ela deitada sobre o peito dele e ele com os dedos entrelaçados nas ondas dos cabelos dela.

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